domingo, 24 de junho de 2012

Continuando as reflexões sobre grandes obras, retomo agora 1984, de George Orwell. Uma história assustadora de uma sociedade dominada por um partido que tem total controle sobre os cidadãos. Winston Smith é um humilde funcionário do partido e comete o atrevimento de se apaixonar por Julia, numa sociedade em que as emoções são ilegais. As pessoas são vigiadas o tempo todo, inclusive em suas casas, pela Grande Tela. Durante o dia, o Big Brother aparece na tela incitando palavras de ordem. As pessoas são controladas o tempo todo, não podem pensar por si próprias:"O Grande Irmão zela por ti." Winston trabalha no Ministério da Verdade e sua função é apagar a história e reescrevê-la de acordo com os princípios do partido.Julia é responsável pela máquina que escreve livros ruins e pornográficos que são distribuidos.
Orwell descreve uma sociedade corrompida pelo poder. Algo muito atual diga-se de passagem.

Fahrenheit 451, Ray Bradbury - reflexões

A leitura é um exercício muito prazeroso. Ultimamente estou na companhia dos livros. Estou retomando obras que li na faculdade e a cada dia descubro coisas atualíssimas. Reler George Orwell e Ray Bradbury, por exemplo, despertou questionamentos sobre estados totalitários e falta de privacidade que ainda hoje nos intrigam. Não consigo imaginar uma sociedade sem livros. Sabemos que a cada dia faz-se mais necessário a leitura para não se deixar escravizar, principalmente pela mídia. 
No livro Fahrenheit 451, Ray Bradbury descreve uma sociedade onde os livros são ilegais, proibidos, pois tornam as pessoas anti-sociais. Os bombeiros são treinados para localizar livros escondidos nas casas dos moradores que são delatados por seus vizinhos e amigos, queimando os exemplares em seguida em local público.
Após conhecer Clarisse no metrô, o bombeiro Montag fica incomodado com o jeito diferente de ser da moça. Na casa dela não há televisão, apenas livros escondidos e lidos por ela e o tio.
Montag começa a questionar a sociedade em que vive e contrariando as leis esconde em sua casa alguns livros e os lê durante as noites até ser traído por sua esposa. A casa de Clarisse é invadida pelos bombeiros e seu tio é preso enquanto ela consegue escapar pelo telhado. 
Montag também é surpreendido e foge para um lugar indicado por Clarisse: onde pessoas decoram livros para que os mesmos possam ser reescritos quando a próxima Idade das Trevas passar.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Ultimamente estou com uma vontade enorme de escrever. Escrever muito, não apenas algumas indagações, mas escrever algo mais denso, um romance, talvez. A página em branco está me torturando. Olho pra ela e não vem nenhuma ideia. Nunca pensei que seria tão difícil.
 O que me atrapalha é a minha mania de perfeição, o querer acertar da primeira vez. Gostaria de ser mais espontânea e deixar as palavras fluirem da minha mente para o papel sem muitas regras como um rio que corre silencioso pelos vales.
Sou apaixonada pelos livros e estar com um deles em mãos é uma experiência tão maravilhosa que não dá nem pra descrever. Os contos de fadas são uns dos meus prediletos, posso ler inúmeras vezes Alice no País das Maravilhas, Chapeuzinho Vermelho, Cinderela, etc, e em cada leitura sentir uma emoção tomando conta de mim que transcende o humano.
Autoras como Clarice Lispector e Virgínia Woolf despertam em meu íntimo um desejo enorme de expressar o meu próprio eu, sem vergonha, sem pudores, sem preocupação de ser aceita ou não. O que me impede continua sendo a página em branco, esse fantasma que parece consumir todas as minhas ideias.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Chuva...

A chuva cai e leva tudo:
o sonho, a esperança e o desejo
de alguns.
A chuva cai e traz de volta
o sonho, a esperança e o desejo 
de outros.

sábado, 2 de junho de 2012

"Que país é este?"

O homem a cada dia está se desumanizando...Não há respeito entre os semelhantes e a ordem é se dar bem não importando a condição do outro. Observamos a falta de respeito total  nas ruas, nas casas, nas escolas, em qualquer lugar onde exista coletividade. É inadmissível certas atitudes como normais: ocupar vagas especiais, seja na rua ou num transporte coletivo, não esperar a vez do outro para entrar ou sair dos lugares, apropriar-se de bens alheios sem culpa ou pudor, aplaudir certos discursos sem prestar atenção no conteúdo que trazem...e por aí vai. Estamos caminhando para trás, regredindo a cada dia em matéria de educação e evolução da espécie. Aliás que evolução que nada, para que sermos cultos e politizados? Somos massa de manobra e sempre seremos. Não há interesse na mudança. O Brasil é o país do futebol e do Carnaval. O que esperar do povo que aqui habita?  A cultura que aqui impera é a do jeitinho e nada mais. Estamos sem referência, com os valores invertidos e achando que está tudo bem. Podemos comprar mais, nos endividar mais e nos afundar mais na ignorância. Até quando?  Como dizia Hobbes, em sua grande obra, Leviatã: "o homem é o lobo do homem." Que humanos que nada, não passamos de seres sem almas e sem amor aos nossos semelhantes.